Entendi que a cozinha é um lugar mágico em qualquer lugar do mundo e que os cozinheiros se reconhecem, e, logo de cara, transpiram uma simpatia gratuita uns pelos outros. A intuição nos guia pelo cheiro, eu acho...
Foi assim com o Faizul e sua delicada parceira. Vi quando chegaram meio tímidos e pensei: é o pessoal da cozinha. Acertei. Ele cozinha e sorri. E fazem comidas incríveis, servem um a um cada comensal e lhes desejam sorrindo: bon apetit! Já sabem a qualidade do que fizeram e que nós vamos, mesmo, desfrutar e amá-los após cada refeição.
Ele é malaio, mora no Canadá há alguns anos e é generoso. Ela e canadense, e generosa como ele. Já sabem o que é que eu quero saber e quase sem precisar falar nada, só sorrisos , me levam ate o armário e me revelam seus segredos: uma pasta de várias pimentas mega saborosas, uma lentilha escura e quebradinha, um arroz mínimo que ele coloriu com açafrão da terra e serviu com côco, chapatis quentinhos que já estavam prontos, bulgur e o que mais vier nos próximos dias. E que eu vou querer ir comprar e levar para dividir com outros cozinheiros.
Por essas e outras é que eu sustento que a cozinha é o lugar do amor. Pessoas que nunca se viram na vida, mal falam um com o outro e se amam como se tivessem vivido juntos por longos períodos. E, sob certo aspecto, vivemos mesmo. Diante das panelas, do excesso de trabalho, das 16 horas ininterruptas em pé que são varridas da nossa mente diante de um ingrediente novo, ou um sabor diferente... por isso e que eu tenho certeza: cozinheiro não e uma espécie muito normal. Mas, na sua grande maioria, são todos gente boa!
3 comentários:
linda!
Como sempre, estarei esperando com muita água na boca, vc dividir com a não cozinheira aqui!
Que legal ter noticias suas por aqui, já vi que a diversão foi farta e que astral seu novo amigo cozinheiro! saudades, Bia
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