Descobri que este não é exatamente o país do futebol: está mais para país dos comilóes. Ô gente festeira!
Nunca vi nada parecido na cidade de São Paulo como na quinta-feira passada. Os supermercados todos estavam abarrotados de gente de uma maneira inédita. Tinha congestionamentos nos estacionamentos, nas ruas com acesso à eles, e as filas dos caixas entravam por dentro dos corredores desorganizadamente. Todo mundo se preparando para reunir amigos, família e comer - e, tá bom, ver o jogo do Brasil também.
Eu, que não entendo nada de futebol, era a incauta atrás de uma bandeja de cogumelos. Me deparei com a multidão de cozinheiros e cozinheiras prontos para colocarem o melhor de si no aperitivo, na comida e na alegria de estar junto.
Hoje, a Rose, que é o anjo que trabalha um dia na semana comigo, me contou uma história muito boa de como foi a quinta-feira de festa dela: tem um moço que trabalha com produção de eventos e que organizou pipoca, milho verde, outros comes e um telão, na rua mesmo. Os moradores todos se divertiram e quando foi umas 9 da noite, junto com outras tantas vizinhas, foram varrer a rua. Apesar de terem colocado muitos cestos de lixo, sobrou dele no chão. Não é sensacional? De forma espontânea, natural e simples as pessoas juntas produzem e desmontam uma linda festa para todos.
Para mim, o futebol é apenas o pretexto. O que está mesmo em jogo é a socialização, a solidariedade e a maneira leve e eficiente de fazer uma comidinha. Deste ponto de vista, eu diria, o Brasil tem talento.
Em casa, a Marcela que trouxe na mala um queijo especial me chamou, e juntas, fizemos o almoço para os amigos queridos. Não vi o jogo, mas ganhei o dia.
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