Nunca falei aqui de um assunto que adoro: confeitaria. A confeitaria é um assunto em si. Bons confeiteiros são verdadeiros artistas capazes de conseguir resultados que deixam até quem não gosta de doce com água na boca.
No Brasil, temos a herança portuguesa no que diz respeito a doces. E , mais uma vez, Minas é referência com suas compotas e doces secos. Apesar que, no nordeste, mais especificamente no Rio Grande do Norte, se encontra um doce de caju rami que é de virar do avesso de bom. Pensando bem, cada região tem sua especificidade e contribui com produções bem particulares. Mas nas Minas Gerais é que vamos encontrar a tradição viva das quituteiras com seus tabuleiros e compotas, biscoitos e doces de leite conhecidos Brasil afora.
Minha filha mais velha é a "formiga" da casa. Sempre pede doce e reclama que eu não faço muito deles. É que é assim: difícil encontrar um cozinheiro que seja bom na chamada cozinha quente (salgados) e na confeitaria. São técnicas muito diferentes. A confeitaria é maravilhosa, mas é como um marido ciumento: exige exclusividade.
A França, do meu ponto de vista, é o modelo. No sul da França existe uma rede de lojas de doces que parece um sonho de criança. Foi como me senti quando entrei em uma delas (La cure Gourmande): as mãos queriam pegar tudo.
Os ingredientes, associados a uma boa balança, são fundamentais para a obtenção
de bons resultados quando o assunto é doce. Recebi alguns produtos da BAlkis para teste e resolvi me aventurar na confeitaria. Não é porque este é o blog da Balkis , mas os produtos são de excelente qualidade e produzi esses crepes de guaraná recheados com chocolate com laranja.
Fiz o crepe usando creme de leite BAlkis no lugar do leite, coloquei xarope de guaraná com cuidado para não ficar muito doce, farinha e um ovo no liquidificador até obter o ponto para crepe. Para o recheio, usei 130 ml de creme de leite Balkis, 180grs de chocolate meio amargo e 6 gotas de essência de laranja. Apesar de eu não ser especialista no assunto, ficou bem gostoso.