Sal azul do Irã |
Quando você estiver lendo este post eu já estarei bem longe...Tão longe que resolvi postar as minhas oitavas maravilhas do mundo, já que é lá para o oriente que estou indo. Foram presentes da Talita, que andou viajando e se trouxe de volta. Isso só, já teria sido um presente e tanto!
Mas, ela conhece um pouco as minhas paixões gastronômicas e me trouxe logo duas: sal e azeite. O sal entrou no primeiro lugar do ranking dos meus sais: é azul, uma verdadeira pedra preciosa. É raro e sua extração vem de uma mina de sal na província de Semman, no Irã. A coloração azul ocorre durante a formação da estrutura cristalina do sal devido às grandes pressões nos depósitos de sal. Os cristais fraccionam a luz e aí o azul (que é causado por uma ilusão ótica) se torna visível. Para usar é ralar no ralo bem fino, só um pouquinho.
O azeite, minha gente, é um caso a parte...veio da Áustria e eu não conhecia, não. De semente de abóbora, muito saboroso, perfumado e lindo. Parece uma redução de aceto balsâmico na espessura e uma tinta rara na cor. Aparentemente é marrom, mas quando se espalha na louça branca aparece um tom de verde profundo. É incrível. E delicioso. Usei um pouquinho dele para colorir e aromatizar um recheio que fiz com queijo mascarpone Balkis.
Fico pensando como é lindo 'esse mundo de meu Deus', como diria Guimarães Rosa. E de quantas coisas maravilhosas ele é feito. Prometo ficar bem atenta as maravilhas que aparecerem no meu caminho pela Índia para contar tudo aqui. Depois, na volta, até porque nessa altura eu já fui.