terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ping pong de comidinhas


Ufa! O furacão chamado natal/ano novo quase acabou prá mim. Foi tudo uma delícia, mas, invariavelmente, cansa...Hoje entreguei minhas últimas encomendas e agora, só mais uma aula na quinta feira e acabou! Ando precisada de um descanso de cozinha e fui jantar no Ping Pong, um restaurante chinês de dim sum, que é uma massa muito fina, cozida no vapor, mas que também podem ser frita ou assada, recheada de legume, carne, ou frutos do mar. É lindo ver os potinhos de bambu empilhados uns sobre os outros recebendo aquele monte de fumaça. Diz a lenda que é uma tradição muito antiga na China (mas o que não é antigo na China???), e o significado da palavra em cantonês é ‘tocar o coração’. Feitos artesanalmente, os dim sum são adoráveis. O melhor é um bolinho de arroz enrolado na folha de lótus: o princípio de que a folha transfere o sabor dela ao alimento neutro dá muito samba nessa combinação.
Se você fechou a cozinha para balanço, limpeza e sossego das assadeiras, fouets e o seu próprio, essa comidinha é mesmo um afago no coração.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!




Sempre fico com  a impressão que, nesta época do ano, são 20 dias de muita comilança. As pessoas precisam se encontrar antes do natal e do final do ano, confraternizam antes das férias e todos os motivos do mundo aparecem em 20 dias. É interessante...
Os encontros podem ser para o café da manhã, o almoço, ou, o mais esticado jantar com a luz do sol. Tudo gira em torno do alimento. E, quem cozinha por hobby, profissionalmente ou eventualmente não escapa: acaba no fogão antes da festa.
E agora, depois de muitos encontros e comilanças chegou o natal, o maior deles. O pessoal da Balkis trabalhou o ano todo para trazer bons ingredientes e participar desses momentos que estão no dia a dia, mas agora, se apresentam com a roupa dessa festa.
Eu estive aqui todas as semanas do ano contando, palpitando, pesquisando e discutindo sobre o fazer culinário. Quero dizer que desejo a todos um natal onde o ingrediente mais importante seja a alegria e o bem querer. E claro, que a beleza e o sabor vistam a mesa. Taí o pudim de tapioca com calda de amora como sugestão de sobremesa para que a Balkis possa alegrar a festa, também no natal.
Pudim de tapioca com calda de amora:
Ingredientes
75 gramas de tapioca granulada
380   gramas de creme de leite Balkis
200 ml de leite de coco
1 colher de chá de cardamomo em pó
1/4 de fava de baunilha fresca
raspas de 1/2 limão siciliano
1 colher de café de raspas de limão siciliano
1 lata de leite condensado
2 ovos
2 gemas
175 gramas de amora
1 xícara de café de água
200 gramas de açúcar
Modo de Preparo
Hidrate a farinha de tapioca no creme de leite Balkis por 3 horas.
Passado este tempo, misture bem o leite condensado e o ovo, o cardamomo as raspas do limão siciliano e a baunilha. Reserve.
Na própria forma, caramele o açúcar e coloque as amoras e a água depois da caramelização. Espalhe a calda pela forma e despeje a nela os outros ingredientes.
Asse em banho maria no forno a 160 graus por aproximadamente 40 minutos ou até que fique firme.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alternativa criativa na ceia de Natal


salada de cuscus marroquino
Na véspera de Natal, com um bocado de trabalhos para entregar e, de repente, caiu um carrinho de supermercado no meu pé. Tive que parar tudo e colocar o pé prá cima porque doeu...Agora já está tudo bem, mas consegui concluir os testes para a ceia de natal e parar depois disso. Pensei em propor algo bem diferente do peru, tender, farofas, arroz com amêndoas e afins. E ficou uma delícia! Usei muito queijo Balkis. Só não deu para fazer a sobremesa, que pretendo concluir hoje que já estou dando conta de ficar em pé! E claro, assim que ficar pronto também coloco aqui.

files de cajú
Então, ficou assim: salada de cuscus marroquino com legumes e queijo coalho Balkis, arroz selvagem com aspargos brancos e queijo burrata Balkis, filés de caju com molho arómatico equeijo da serra Balkis, purê rústico de cenoura com gengibre, erva doce e queijo mascarpone Balkis.
O filé de cajú foi o mais interessante. Me inspirei em uma receita de peixe grega: substituí o peixe pelo caju desidratado e o sabor ficou incrível. O queijo da serra Balkis foi para o forno junto com tudo e ficou sensacional.

arroz selvagem
Se você está cansado da mesmice natalina pode confiar: vai fazer sucesso.
Faltou a sobremesa que logo mais vou testar e dividir com vocês. As receitas estão lá no site. E vamos cozinhar, que os convidados estão quase chegando...

purê rústico de cenoura

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Festas

                                             
Neste final de semana fui para Brotas, interior do estado de São Paulo, para a festa de aniversário de uma grande amiga. Ficamos na pousada da filha dela, antiga fazenda de café com horta, curral, pomar e fogão a como não podia deixar de ser, fogão a lenha.
Viajar pelo interior de São Paulo assusta um pouco: são quilômetros da monocultura da cana de açúcar. Dá o que pensar imaginar a quantidade de culturas que deixaram de ser cultivadas...
A cultura popular brasileira tem muitos elementos que foram totalmente incorporados, adaptados ou simplesmente serviram de inspiração à gastronomia nacional. E sem dúvida, o rei do cozimento lento é o fogão a lenha. Os alimentos passam por transformações ao serem submetidos ao calor. Tempo e armazenamento de calor provocam modificações específicas, dependendo do alimento.

Mas, o que mais me chamou a atenção não foi o aspecto técnico, mas o humano do fogão a lenha. Até porque ele não foi usado como fogão mas como apoio e rechaud para servir. Reuniu as pessoas em volta dele para troca de receitas, impressões sobre alimentos e contação de "causos".
Daqui há alguns dias todos nós estaremos sentados com nossas famílias e amigos para algumas refeições. E como "nem só de pão vive o homem" o poder gregário do fogão a lenha ajuda a alimentar nosso outro lado fundamental, assim como o por do sol do qual me empanturrei!
Como aqui, "em que se plantando tudo dá",  a cana de açúcar move carros e estômagos. E as iguarias que  recebemos diariamente vão vestir roupa de festa para se reinventar, como o tempo. E por falar em reinvenção, lá na fazenda, em cima do fogão a lenha, tinha uma das tortas de queijo mais gostosas dos últimos tempos!
Mãos à obra! Inventar e reinventar delícias para partilhar com o chantilly da vida: amigos e famílias! E para o chantilly literal,  creme de leite Balkis!


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Lentilha Negra

 
Desde que cheguei de férias tenho cozinhado bastante. Mas, no sábado passado, me empolguei com  coragem da Cris que me encomendou um jantar com cardápio indiano. Perguntei se ela conhecia seus convidados e respectivas preferências e a resposta foi que eram todos desconhecidos. Ela não conhecia nenhum deles! Avisei sobre o perigo de servir algo tão especificamente apimentado e ela resolveu correr o risco.
Fiquei um pouco insegura mas,  topei. E graças a ajuda de muita gente boa, foi ótimo. O mais legal é que os convidados se abriram para a experiência nova e gostaram.
O maior sucesso do jantar foi uma lentilha negra indiana que eu não conhecia até minha última viagem para lá. De grão muito duro, ela precisa de horas de cozimento. Fiz como experimentei  em Haridwar: lentilhas negras cozidas  lentamente no leite. Com muitas especiarias e pimentas. Acontece que o leite em cozimento lento carameliza os açúcares que contem. Junto com os condimentos e a pimenta é a conta certa. Ficou
incrível  e foi o prato mais apreciado. Agora, tenho que voltar prá Índia para trazer mais lentilha negra...
E só tenho fotos graças a minha xará que sempre dá um jeitinho de fotografar as comidas quando me dá o prazer de vir trabalhar comigo. No meio da correria do empratamento ela puxa o celular e clica. Aí está: lentilha negra cozida lentamente no leite. Vivendo e aprendendo. Pena que ainda não inventaram foto com cheiro. 


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Final de tarde no Ceasa

                                                             
                                         

Se você é como eu, do tipo que quando viaja adora passear pelos mercados e feiras para observar ingredientes e ver como as pesoas comem, vivem e comercializam seus produtos, preste atenção: em São Paulo, todas as quartas feiras no estacionamento do Ceagesp, a partir das 16 horas acontece uma feira deliciosa, ao ar livre.
Além de verduras, legumes, frutas e peixes muito frescos, tem lá queijos, cogumelos, pães, palmitos pupunha frescos, flores e uma verdadeira praça de alimentação a céu aberto: pastel, churrasco, comida japonesa, o cantinho português, coco verde, caldo de cana, milho e pamonha.
Quando chega essa época do ano eu adoro ir até lá nos finais de tarde. O cheiro das frutas, o por do sol na varzéa do rio e as pessoas sentadas em volta das barracas de comida transforma São Paulo, por alguns instantes, em uma cidade viva, quente e gostosa.
Hoje chamei os amigos para virem comer pastel com água de coco e desfrutar o bom da vida. Eles não foram, mas eu sim! Voltei com lichias, atemóias e a sensação de que a minha cidade também favorece a convivência. E que festival de cores e aromas!
Experimente. É um programa super agradável que vale muito a pena.


domingo, 27 de novembro de 2011

Aula na Casa Cor Trio


Gostei muito de ir dar aula na Casa Cor Trio na semana passada.  Como o tema era Itália, fiz três receitas usando os queijos italianos da Balkis: tomates recheados com abobrinha, berinjela e queijo Lunarella Balkis, farfale com limão, espinafre, amêndoas e queijo Burrata Balkis e tiramissú de maracujá com queijo Mascarpone Balkis.
Quando o objetivo é ensinar rapidamente, o interessante é apresentar as várias etapas de um único preparo desmembradas. Isso dá trabalho, mas mostra direitinho as técnicas para alguns ingredientes que, se bem entendidas no seus princípios, poderão ser aplicadas mundo das invenções afora.
Eu gostei, as pessoas gostaram e o queijo Burrata com seu sabor levemente azedo desmanchando por cima do macarrão com as amêndoas crocantes foi uma delícia. A Lunarella ficou escondida e o Mascarpone colorido de amarelo.
Encontrei com o chef Eudes Assis do restaurante Seu Sebastião, em Maresias, litoral norte do estado de São Paulo que me contou de seu projeto social 40 crianças em Camburi, também no litoral norte. Este é o espírito da gastronomia. Descobrir, desenvolver e espalhar conhecimento e alegria por aí.
As receitas da aula da Casa Cor Trio estão no site da Balkis. Se você ainda não sabe o que fazer no Natal pode aproveitar o domingo e começar a testar algumas delícias para a festa.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Balões no céu e comida na terra


Quando cheguei na Capadoccia, Turquia,  fiquei impressionada com a paisagem, claro, que é muito impressionante mesmo...Mas, uma coisa me chamou muito a atenção. Não vi nem um “corguinho”, como diria Guimarães Rosa. Um deserto. Nenhuma aguinha visível .
Mas, a comida era muito fresca. E na primeira saída do hotel, logo na rua, lá estavam elas: macieiras carregadas, parreiras espalhadas pelo chão com as mesmas uvas superdoces servidas no café da manhã, frutinhas vermelhas deliciosas, melões, repolhos imensos, tomates. Em todos os lugares. Vindas de um solo que parecia areia, seco e branco. Achei estranho e maravilhoso. Comi  maçãs pelo caminho, vários cachos de uva e frutas vermelhas.
Fiz bons amigos por lá. Que depois, me explicaram o mistério do frescor dos alimentos: a estranha formação geológica da região é resultado da longa erupção de três vulcões. Toda a lava que resultou disso é que é a Capadoccia atual. O que se vê como a parte mais alta daquelas formações malucas é a lava que esfriou e solidificou primeiro. A parte de baixo foi esfriando aos poucos e com a ação do vento e das chuvas ficou mais moldável. E o solo resultante das erupções vulcânicas é muito rico em nutrientes. E ali, nem precisa plantar, tudo dá...basta um pombo (que ele adoram), carregar as sementes prá cá e prá lá. E a água é muita, porém, toda subterrânea. E o mistério do frescor dos alimentos se revelou.

Mas, o que acontece diariamente ao amanhecer, na mesma Gôreme, quando mais de oitenta balões povoam o céu e o sol colore os vales, esse mistério continua oculto. Todo mundo volta a ser criança!  Ávidas de frutas quando colocam os pés no chão depois do vôo. E o mais incrível é que elas estão lá, disponíveis e doces. Sem falar na incrível culinária local: simples e deliciosa!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aula na Casa Cor Trio

Está acontecendo em São Paulo o evento Casa Cor Trio.  O início de um dos tripés deste sólido evento, começou há muitos anos atrás com uma feira que se chamava Boa Mesa e era organizada pelo Josimar Mello.
Agora a feira cresceu e mudou para o Joquey Club de São Paulo. E a Balkis está participando do Casa Cor Trio.
Vou dar uma aula lá no dia 22/11, terça feira. Em comemoração ao ano da Itália no Brasil o tema é, justamente, Itália. Como a Balkis está craque nesse assunto, vou apresentar receitas com queijos Mascarpone, Burrata e Lunarella.
A Balkis tem três convites para oferecer e resolveu brincar de criar receitas com eles: publique uma receita de até 400 caracteres no mural da Balkis no facebook  e concorra a um deles. A receita tem que ter qualquer queijo Balkis, ser verdadeira e executável por qualquer pessoa.
Vou escolher três delas. E poder conhecer seus autores que vão ganhar um par de ingressos para a aula de terça e para  conhecer Casa Cor Trio, que reune três mostras simultâneas: Casa  Office, Casa Boa Mesa e Casa Festa. Olhá lá!
Para participar, as receitas devem ser enviadas até às 12 horas de sábado, dia 19/11. Depois desse horário não vale mais...
Os ganhadores serão anunciados dia 21/11, segunda próxima até as 10 horas, no Facebook. Aproveite o final de semana e ocupe a sua cozinha: só não se esquece de ir anotando tudo que entrar na sua receita prá ela poder funcionar  depois, nas mãos de qualquer um...
Suerte! E te vejo lá!

domingo, 13 de novembro de 2011

Tâmara com mascarpone


Por detrás deste blog, há gente muito bacana, que tem bastante paciência comigo e minha ignorância internáutica...Pois foi para eles que fiz esta foto, quando estava passeando pelas ruas de Istambul e deparei com deliciosas tâmaras secas. Um dia contei para a Bruna e o Vitor sobre as tâmaras israelenses que havia encontrado no Mercado Municipal de São Paulo: caras, porém muito gostosas. A expressão de interrogação deles acordou em mim a consciência de que a intimidade com qualquer assunto pode nos tornar pretensamente esnobes...eles não sabiam o que era tâmara, assim como eu não consigo usar muitas das ferramentas deste blog, apesar de eles me ensinarem sempre, com muito humor e paciência...

Naturais de regiões desérticas, as tamareiras são palmeiras praticamente veneradas. Nunca comi uma fresca, mas tem a lenda de que  um beduíno resiste três dias, andando no deserto, com uma única tâmara: no primeiro dia, ele come a pele; no segundo, o fruto; e, no terceiro, o caroço”... O caroço deve ser difícil, mas a verdade é que ela é mesmo supercalórica  e de digestão lenta, por causa da complexidade dos açúcares que possui. E que a tornam deliciosa.
Lá, em Istambul, havia tâmaras iranianas, israelenses e egípcias. Eram deliciosas, enormes e baratas...
E, hoje, na minha feira de rua, aqui mesmo em São Paulo, comprei delas e comi com nozes, mel de uva e queijo mascarpone de sobremesa. Delícia!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Idlis, delícia indiana


Tive o imenso previlégio de subir nas altíssimas montanhas do Himalaia e poder ver um pouquinho como é a vida lá de cima, naquela atmosfera mágica, onde viver se torna essencialmente simples e ainda mais maravilhoso. A viagem de subida leva três dias. O caminho é tortuoso, a estrada uma aventura em manutenção permanente mas, depois da altura das montanhas, o que mais me impressionou foi o desfile do modo de vida das pessoas de lá: pimentas secando nos telhados, terraços de cultivo de arroz e verduras, crianças animadas na parada da compra de doces a caminho da escola, animais carregando mantimentos...

Em uma das paradas desses três dias, dei de cara com uma comida indiana que adoro: idlis. São bolinhos feitos de iogurte, arroz e lentilha fermentados, tipo um acarajé muito úmido e aerado. Cozidos no vapor em uma panela específica. Servidos com um molho chamado sambar, superapimentado e saboroso. E claro, com o tradicional chapati, pão assado no forno de tandoor que nada mais é do que um buraco quente.


Só em casa é que fiz a relação: o forno de tandoor é a mesma coisa que o buraco nas cavernas da Turquia onde vi como se cozinhava há sete mil anos atrás, só que fechado...

Não consegui encontrar a panela de idlis para trazer comigo mas vou improvisar e vai dar tudo certo. E minha experiência vai incluir o Sour Cream da Balkis no lugar do iogurte. Acho que  vai ficar ainda mais saboroso por causa do teor de gordura dele. Prometo mostrar o resultado. Por enquanto, aí estão as fotos do idli do sul que, para minha alegria, encontrei também no norte da Índia.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Comida muito antiga!



Foi um mês inteirinho viajando e vendo o que é que essa gente come por aí. Fui pelo oriente (norte da Índia), e oriente médio, (Turquia).
Tenho tanta coisa prá contar que vai ter que ser aos poucos e a partir do final da viagem que está mais próxima. Então, prá começar, preciso contar que em alguma caverna da região da Capadócia, na Turquia, está registrado a origem das primeiras cozinhas mais estruturadas que se tem notícia na história da humanidade, que eu conheço. Buracos no chão onde iam  potes de barro em cima do fogo, buracos maiores onde se cozinhava diretamente o alimento sobre a brasa no chão, grandes buracos em níveis diferentes onde se espremia a uva cujo suco caia diretamente no buraco ao lado pela canaleta esculpida na rocha, e lá fermentava até virar vinho. E buracos enormes onde se estocavam alimentos. E mesas e bancos esculpidos na pedra. Tudo dentro de cavernas onde o povo morava...Dá prá acreditar? Faz muito tempo que as cozinhas estão sendo pensadas...

Vi muitas dessas por lá. Umas mais simples, outras mais "sofisticadas", mas eram muitas...O mais chocante é que até os dias de hoje essas estruturas são utilizadas para armazenamento de alimentos. Como a temperatura nas cavernas é constante - 16 graus - é nelas , dentro das montanhas, que se estoca mantimentos por até seis meses. Acredite se quiser, mas fiz a foto do depósito de batatas para eu também poder acreditar no que estava vendo...


E comi a seguinte delicia: legumes, queijo e bulgur ( é trigo, mas parece arroz, porém muito mais saboroso), cozidos em cima do braseiro, dentro de um pote de barro fechado com massa de pão . Prá poder comer tem que quebrar o pote... e  depois do espetáculo, lá está sua maravilhosa comida! Qualquer semelhança com um longínquo passado não é mera coincidência...E , se fosse, seria uma deliciosa "coincidência"...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bolo de abobrinha


Basta falar dessa receita para ver um monte de nariz torcer...Puro preconceito! Ela não é minha, não.  Ganhei  de uma amiga querida que me disse que ela provem da família , há tempos...
Nessa altura, não é mais 'puro sangue'. Já fiz várias modificações, introduzi alguns ingredientes, tirei outros, mas a base continua fiel a original.
E a base é abobrinha. Fica linda feita com farinha branca pois o verdinho da casca da abobrinha fica salpicada prá lá e prá cá na massa. É um charme. E a baunilha dá o toque mágico. A abobrinha hidrata pois tem muito líquido.
Como "bolo de abobrinha" causa aversões, desenvolvi uma técnica; não conto do que é o bolo antes da pessoa provar. E aí ao invés de nariz torto e negação no tom de "bolo de abobrinha???" eu escuto sempre uma surpresa positiva no mesmo 'bolo de abobrinha???'
Experimente. Não dói. E com queijo mascarpone Balkis gelado combina muito.
Bolo de Abobrinha:
Ingredientes
3 ovos
2 xícaras açúcar
1 xícara óleo
2 xicaras de abobrinha ralada
1 xicara de castanha do para picadas
3 xicaras farinha de trigo
1 colher sopa de fermento químico
1 colher de chá canela
1 colher de chá de cardamomo
3 colheres de chá de baunilha
Modo de Preparo 
Bata os ovos, o óleo, acúcar e abobrinha no liquidificador. 
Peneire a farinha. Junte a canela e o cardamomo.
Adicione a mistura da abobrinha, juntar as castanhas, a baunilha.
Prá aqueça o forno a 180 graus. Unte e enfarinhe uma assadeira média. 
Coloque o fermento ena massa, despeje na assadeira e asse por mais ou menos 40 minutos.
Cubra com ganash de chocolate e sirva com quenelles de queijo mascarpone Balkis

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Balkis no Mesa SP

Hoje é o último dia do evento Mesa SP Ao Vivo. Ontem, no estande da Balkis, foi feito o sorteio de um kit de queijos e a sortuda foi a Janette, parabéns a ela!

Ronaldo da Balkis com a sortuda Janette.

Ficou com vontade? Hoje também vai ter sorteio! Apareça por lá, deguste alguns queijos e participe.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Burrata da Mara Liz

Uma amiga enviou esta receita, que deve ser muito saborosa:



"Segue uma deliciosa combinação para a excelente Burrata Balkis:

Azeite extra-virgem
Flor de Sal (ou sal marinho moído)
Pimenta do reino moída na hora
Raspas de limão siciliano
Folhas frescas de manjericão
Acompanha torrada e um bom vinho branco.

Mara Liz"


Se você tiver uma outra sugestão com a Burrata, manda prá gente!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sorteio!


A Balkis está sorteando um delicioso kit de queijos como este da foto. Tem o delicioso Serra da Balkis, uma Lunarella e uma Burrata. São dois sorteios, um no facebook e outro no twitter.

Para participar é muito fácil, veja aqui o link para as promoções:  Facebook - Twitter.

Boa sorte!



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sour Cream


Precisa de sour cream na sua receita? Chega de inventar. Agora a Balkis vai colocar este produto no mercado, no padrão de qualidade Balkis. Ficou fácil.
O cream sour (creme azedo) é feito a partir do creme de leite fresco. São muitas as confusões que giram em torno de sour cream, creme fraiche, buttermilk...Se você der um 'google' atrás disso vai descobrir muitas maneiras de se fazer essas coisas.
O sour cream é um creme de leite fermentado naturalmente ou através da adição de bactérias. A textura é suave, o sabor ácido e é mais espesso que o creme de leite fresco. É muito usado em várias culinárias mundo afora. Os mexicanos adoram o consumo do sour cream in natura junto com guacamole. Combina. Os indianos usam o iogurte. Os molhos com laticíneos não têm regras específicas, mas é bom tomar cuidado para não deixá-los muito pesados por causa da textura, que é mais densa...
De resto, divirta-se com doces e salgados. A Balkis facilitou as coisas e fez, mais uma vez, bem feito!
Eu fiz assim: guacamole, sour cream e uma massinha que a Marcela inventou na última hora: farinha, germen de rigo, azeite e água. Delícia!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Itália/Brasil na Mesa/Tendências

Não dá para falar em gastronomia sem falar dos italianos. Se tem alguém que sabe muito do assunto, há muito tempo, são eles!
Na verdade os franceses 'descobriram' a gastronomia quando, no século XVI,  Catarina de Medici casou-se com Henrique II e mudou-se de mala e cuia para a França. Logo que desembarcou ficou triste com a culinária do país do marido e mandou correndo chamar seus seis cozinheiros porque não estava a fim de ficar com a cuia vazia. Pode-se dizer que foi aí que tudo começou...Muito tempo depois, no século XVIII, Carême foi o responsável pela primeira sistematização dessa montanha de conhecimento. E no século XIX, Escoffier fez a primeira das muitas e redefinições. Que persistem até hoje.
Tudo isso prá falar que esta semana, de 25 a 27 de outubro, no Senac de Santo Amaro, em São Paulo, acontece mais uma vez a maior congresso enogastronômico das Américas. E neste ano, o tema é “Itália-Brasil: a Caminho de uma Cozinha Consciente”. Serão muitos italianos estreladíssimos, brasileiros não menos brilhantes, gente do mundo todo trocando suas experiências e pensando como é que a gastronomia pode contribuir neste momento de redefinições dos conceitos de sustentabilidade e consciência. Vai ser bom, com certeza!
Neste ano vou ter que me informar com os amigos porque ainda estou longe daí...Mas, a Balkis vai estar lá na Prazeres da Mesa ocupando seu espaço de contribuição para o novo que vem aí.

E tem mais: a Balkis está sorteando 3 pares de convite para o Mesa SP Ao Vivo. Para concorrer tem que seguir a Balkis no twitter. O endereço é balkisqueijos. O regulamento está lá mesmo.
Mas corra, porque o sorteio é amanhã!!

Veja o flyer do evento:

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pizza de Serra da Balkis com presunto cru


Olá Amigos do Cozinha Queijos e Amigos. Hoje no blog temos uma receita deliciosa de Pizza de Serra da Balkis com presunto cru. Espero que gostem.


Pizza de Serra da Balkis com presunto cru


Receita de Massa de Pizza
Ingredientes
500g de farinha de trigo
25g de fermento fresco
3 colheres de sopa de azeite extra virgem
sal (aproximadamente 15g)

Rendimento: mais ou menos 4 porções com 30cm de diâmetro de aproximadamente 240 à 250g cada.

Modo de PreparoDissolver o fermento em 120ml de água morna e misturar 50g de farinha, obtendo uma mistura homogênea. Cobrir com um pano e descansar em um local morno por 30 minutos. Abrir a farinha restante em formato de vulcão, misturar no fermento o azeite e o sal, despejar a mistura no centro do vulcão e em seguida ir despejando lentamente os outros 250ml de água morna para empastar a massa. Sovar por aproximadamente 20 minutos até que fique macia e elástica. Fazer uma bola e colocar em uma tigela untada de farinha, cobrir e descansar por 2 horas em local morno. Abrir os discos com aproximadamente 30cm de diâmetro. Untar uma assadeira com este diâmetro com azeite e por o disco dentro. Cobrir com o molho básico de tomate e cobrir com a cobertura. Levar ao forno pré-aquecido a 250ºC e assar por 15 a 20 minutos.


Cobertura

Ingredientes
1 Serra da Balkis de 700g
Presunto cru
1 queijo Serra da Balkis de 700g dá pra 4 pizzas, então utilize em cada pizza 1/4 do queijo picado em pedaços. Para cada pizza separe 8 lâminas de presunto cru, sendo uma lamina para cada fatia de pizza (8 fatias = 8 lâminas).


Modo de Preparo
Após levar os discos de pizza ao forno como no primeiro passo, retire do forno e pulverize a pizza com os pedaços de queijo serra, volte ao forno rapidamente apenas para derreter o queijo, então retire a pizza quente e distribua as fatias de presunto cru sobre ela, sirva imediatamente.

Receita elaborada para Balkis pelo chef Bruno Stippe



Tem alguma receita de pizza? Compartilhe com a gente.

Se você fizer esta receita em casa, mande uma foto que publicaremos aqui.