Ela estava anunciada desde que cheguei na cidadezinha de Villa de Leyva, rodeada por montanhas e com estrutura própria para o seu acontecimento: todas as semanas no ponto mais alto do "pueblo", a feira. A vista é esplêndida e o acontecimento também.
Comidas típicas, queijos campesinos enrolados em folhas de bananeiras, muitos tipos de feijão, outros tantos de milho e muitos de batatas. Sem falar das bananas, frangos cozidos e totalmente amarelos vendidos dentro de cestas, barracas de chapéus, galochas e lãs grossas para tecer. As frutas são um capítulo à parte e muitas delas nunca vimos por aí: lulo, feijoa, curuba, uma pitaia amarela espetacularmente doce e graviolas gigantes.
Não sei o que era mais bonito: se os ingredientes, as pessoas, o ambiente ou a paisagem. Os feirantes vêm de perto e de longe e começam a montar a feira as três e meia da manhã. Suas feições são indígenas. E, enquanto trabalham, se alimentam dos caldos típicos vendidos na própria feira.
O que eu mais gosto de ver quando viajo é como a vida acontece de verdade, e essas histórias de realidade estão sempre nos mercados, nas feiras, nos supermecados.
Nossa compra, (minha e da Marcela), resultou em uma sopa de cogumelos com quirera de milho, queijo derretido dentro dela e umas microbatatinhas roxas que eram muito lindas. E em muito conforto para nossa alma.