segunda-feira, 4 de março de 2013

Acarajé com vatapá: sem camarão e com queijo




O horário do almoço é uma ponte estreita que está sempre entre uma coisa e parece que não vai dar para ser atravessada! Tenho a mania de acreditar que está tudo certo e que em uma hora vou ter uma boa refeição feita por mim mesma. Geralmente funciona, mas às vezes suplico por mais 15 minutos como se fossem a coisa mais importante do mundo.
Hoje fiz acarajé com vatapá. Substituí o camarão do recheio do vatapá por queijo minas frescal Balkis e o do vatapá por abóbora. Tinha um maravilhoso azeite de dendê artesanal, socado no pilão vindo de Santo Amaro da Purificação, presente do Marcelo. Pensei que nunca tinha contado aqui como é que as pessoas que não comem frutos do mar podem comer comida baiana e se divertir muito.
O feijão fradinho para o acarajé pode ser comprado nos mercados municipais já descascado (é certo que um tanto de casca sempre vem junto, mas em quantidade menor), o que facilita o trabalho. Deixar o feijão de molho de um dia para o outro não chega a ser trabalhoso e depois de lavá-lo muito bem no dia seguinte é só bater tudo no liquidificador com uma cebola, sal e um pouquinho de água.  E, se você tem uma batedeira, não precisará sofrer para aerar a massa do acarajé. É só deixar a máquina fazer o trabalho por você, a massa descansar por 20 minutos e fritar no dendê.  
Então, faça a saladinha com tomate, pepino, salsinha, coentro e queijo minhas fresco.  Tempere com limão, azeite de oliva e sal.
Para acompanhar, o vatapá: coloque um pouco de pão amanhecido de molho no leite de coco; corte um pedaço de abóbora cabochan com a casca e tudo em quadradinhos pequenos e passe rapidamente na manteiga de garrafa até que fique macia, doure uma cebola junto com tomate, pimentão, gengibre, amendoim moído, xerém de castanha de caju e bastante coentro picadinho. Bata o pão umedecido no liquidificador, junte tudo, adicione dendê e uma boa pimenta. Pronto! Lá se foi uma hora do seu dia. Em compensação, enquanto come você vai ter uns 20 minutos só prá lembrar como a vida é boa...e tudo bem, faltou alguma coisa? Nem mesmo a "baiana prá mexer" como diz a música do Caymmi...