terça-feira, 7 de maio de 2013

A força das pequenas ações



plantio de soja em área de desmatamento na amazônia, por Mariana Tokarnia,
Não sou alarmista, não compartilho do instaurado império do medo, não curto boatos e não acredito que o mundo esteja na curva da ladeira abaixo. Ao contrário, acho que pequenas ações fazem a diferença, que muita gente em muitos lugares no mundo vêm contribuindo com iniciativas pouco ou nada divulgadas, mas muito importantes, e que vamos daqui para melhor. Confio no ser humano e na sua capacidade criativa. O mundo se complexificou nas últimas décadas, a mídia convencional aposta na publicação alarmista de notícias amedrontadoras, muitas coisas terríveis acontecem, é verdade. Mas, isso é uma parte… por atrito e deslizamento vamos construindo caminhos à frente.
Às vezes temos que enfrentar grandes questões e a fome no mundo é uma delas. Se pensarmos que as sementes do mundo estão nas mãos de poucos, poderemos avaliar o tamanho da encrenca. Que se torna maior na rasteira da ganância desses monopólios, que, em nome de sanear a fome no mundo constroem sementes transgênicas e semeiam-as em enormes escalas, pulverizam as plantações com químicas prejudiciais a saúde e destroem a terra. Pesquisas sérias apontam dados escandalosos. E nós, o que podemos contra esses gigantes?
Além de falar sobre o assunto, e tentar esclarecimentos não preconceituosos e sérios, acho que a ideia do Slow Food sobre consumidores finais é uma saída importante: para o Slow, o termo consumidor é equivocado. Mais acertado seria pensarmos que somos co-produtores, na medida em que, ao comprar este ou aquele alimento, estamos investindo neste ou naquele produtor e apostando na sua maneira de produzir e comercializar. Que valores compramos embutidos nos alimentos que trazemos para nossas mesas e famílias? Será que, ao sentarmos ao redor da mesa para o momento lúdico e socialmente organizador não estaremos, desavisadamente, favorecendo doenças físicas e sociais?
Por isso acredito na força de pequenas ações. Pode parecer romantismo ou ingenuidade, mas não é, não! O que não quero para os meus queridos mais intímos, também não quero para os meus desconhecidos não íntimos. Que a comida seja limpa para todos me parece razoável. Que a hora da refeição seja a nutrição completa de várias necessidades, também! Pense nisso. Escolha seus produtos como quem colhe a flor mais linda do jardim, que é de todos. Como o jardim é muito grande, é preciso que todos cuidemos para que ele continue lindo! Por que beleza, se põe sim à mesa. E e ia ser legal se fosse uma beleza mais completa do que as aparências, não é?

Um comentário:

Olívia disse...

viva os co-produtores que é disso que o mundo precisa, que sentemos juntos à mesa, ou ao chão, com pratos individuais ou coletivos e cultivando os cuidados de se sentir bem!! galera! MÃO NA MASSA!!!!!