Hoje fui para Rio das Pedras, interior do estado de São Paulo, com o Marcelo e a Patrícia, conhecer uma fábrica que processa de cacau. Fomos recebidos pelo Maurício, que foi o melhor da visita. Ele nos mostrou e contou, generosamente, as etapas, processos e finalizações da produção do cacau em pó e manteiga de cacau.
Foi emocionante ver como aquela castanha escura se torna o amor do paladar da maioria dos ocidentais: a limpeza das castanhas, descascamento, torra, moagem e a prensagem, que separa os dois produtos finais fundamentais para a fabricação do chocolate. Eles chamam de "torta" tudo o que depois do processo sobra e não é manteiga de cacau. E que em determinado momento escorre por um funil gigante, já líquida, como se fosse saindo de um grande útero doce. Lindo.
O mais maravilhoso foi conhecer a inteligência e a visão de mundo impregnada na visão administrativa do Maurício nas diretrizes da IBC (Indústria Brasileira de Cacau). É uma visão sistêmica que previlegia o produto orgânico como meta e única saída para o futuro, o altíssimo valor agregado de quem está no campo produzindo o alimento e envolvido na cadeia limpa e transparente do produto final.
Eu e o Marcelo, como cozinheiros, adoramos a ideia de pensar em oferecer aos nossos comensais uma sobremesa com chocolate que serve como bônus uma mata linda e preservada, gente feliz com seus resultados e uma energia vibrante e inteligente no prato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário